A importância do contraste pessoal
Olá, tudo bem?
Se você acessou qualquer rede social ou site na última semana, provavelmente já foi impactada pela imagem da Marina Ruy Barbosa, a ruiva mais icônica do Brasil, com os cabelos loiros. Sim, ela apareceu loiríssima no Festival de Cannes!
O novo visual causou comoção e dividiu opiniões. Enquanto alguns celebraram a transformação, outros sentiram que algo estava “estranho”. E essa sensação tem muito mais a ver com percepção visual e harmonia do que com gosto pessoal.
Hoje, vamos mergulhar fundo nesse assunto que vai muito além de uma simples mudança de cor: vamos falar sobre contraste pessoal — um dos pilares da coloração pessoal — e como ele pode influenciar diretamente na nossa aparência, inclusive nos fazendo parecer mais velhas ou mais cansadas quando não está em equilíbrio com a nossa beleza natural.
1. O poder da imagem: por que a mudança de Marina foi tão impactante?
Marina Ruy Barbosa não é apenas uma atriz talentosa — ela é também uma referência estética. Ao longo dos anos, consolidou sua imagem como a ruiva mais admirada do Brasil. Seu cabelo de tom acobreado vibrante virou assinatura. Era sua marca registrada, um diferencial que a destacava na multidão e que dialogava de forma perfeita com seu tom de pele claro e olhos expressivos.
Quando Marina apareceu loira platinada em campanhas e fotos recentes, o efeito foi imediato: “Parece outra pessoa!”, “Ela perdeu a força”, “Ficou apagada”, foram alguns dos comentários recorrentes. Mas afinal, por que sentimos isso?
A resposta está em um conceito técnico da consultoria de imagem: o contraste pessoal.
2. O que é contraste pessoal?
Em termos simples, contraste é a diferença de cor ou tonalidade entre os elementos do seu rosto — especialmente pele, cabelo e olhos. Quando analisamos o contraste de uma pessoa, observamos a distância de tonalidade entre essas áreas. Existem três categorias principais:
Baixo contraste: ocorre quando pele, olhos e cabelo têm tons semelhantes. A imagem é suave e harmônica. Exemplo: pele clara, olhos claros e cabelo claro ou pele escura, olhos escuros e cabelo escuro.
Médio contraste: há diferença entre as tonalidades desses elementos, mas essa diferença é mediana, isto é, perceptível a olho nu, porém sem muito choque visual. Exemplo: pele clara, cabelo castanho e olhos verdes.
Alto contraste: há uma diferença de tonalidade forte entre pelo menos dois desses elementos. Exemplo clássico: pele clara, cabelo escuro e olhos claros.
Cada pessoa tem um contraste natural que, quando respeitado, cria harmonia visual. Quando esse contraste é alterado (por coloração de cabelo, maquiagem ou roupas que “quebram” essa proporção), o efeito pode ser chocante, estranho — e até envelhecedor.
3. Como o contraste afeta a nossa imagem?
Nosso cérebro é treinado para reconhecer padrões visuais. Quando uma imagem está equilibrada com o nosso contraste natural, o olhar percorre o rosto de maneira fluida, sem interrupções. O efeito é de coerência, presença e vitalidade.
Quando reduzimos nosso contraste (como Marina ao clarear o cabelo e aproximar o tom dos fios ao da pele), o resultado pode ser:
Uma aparência mais apagada;
Menos definição no rosto;
Perda de profundidade nos traços;
E, sim — um efeito visual de envelhecimento.
Isso acontece porque quando uma pessoa envelhece o seu cabelo vai ficando naturalmente branco. Logo, nas pessoas com a pele branca, como no caso da Marina, a cor do cabelo se aproxima a da pele, e há uma diminuição natural do contraste pessoal.
Dessa forma, quando uma pessoa clareia muito o seu cabelo, diminuindo o seu contraste natural, para o nosso cérebro essa pessoa envelheceu, afinal acontece o mesmo processo que aconteceria quando os cabelos ficassem brancos.
4. O caso Marina: o que mudou visualmente?
Vamos analisar o contraste da Marina antes e depois da mudança:
ANTES:
Pele: clara;
Olhos: verdes castanhos esverdeados claros;
Cabelo: ruivo vibrante (com profundidade média).
Resultado? Contraste médio. Isso a fazia parecer viva, radiante e naturalmente expressiva. As cores ao redor da face ajudavam a esculpir seus traços.
AGORA:
Pele: continua clara;
Olhos: continuam claros;
Cabelo: loiro muito claro — muito próximo do tom da pele.
Resultado? Contraste baixo. Como o cabelo ficou muito próximo do tom da pele, provocou a mesma sensação de quando uma pessoa envelhece, e o cabelo fica branco, pois diminuiu o contraste natural dela.
IMPORTANTE: aqui não se discute se ela ficou feia ou bonita, obviamente, ela continua lindíssima, o tema é técnico e sobre adaptações estratégicas para manter uma harmonia visual.
5. Como adaptar o visual quando você muda o cabelo?
Se você quiser experimentar uma nova cor de cabelo — seja escurecendo, clareando ou colorindo — é essencial considerar o impacto dessa mudança no seu contraste natural.
Aqui vão algumas dicas práticas para manter a harmonia, mesmo ao mudar radicalmente:
A) Atenção a profundidade da cor
Não há problema algum em mudar a cor do seu cabelo, porém nunca mude a profundidade mais do que 3 pontos seja para cima (clareando) ou para baixo (escurecendo). Dessa forma você vai manter seu contraste natural (diferente da Marina), e não criará um estranhamento.
B) Invista na temperatura certa
O ideal é que além de saber o seu contraste pessoal, você também saiba seu tom ou subtom de pele e os mantenha na hora de escolher a cor de cabelo e de maquiagem.
Nesse momento a Marina está loira e acertou na temperatura, diferente de quando ela ficou platinada, o que trouxe ainda mais desequilíbrio para a beleza natural dela e a envelheceu mais.
C) Acessórios e colares próximos ao rosto ajudam
Um colar poderoso, brincos com brilho ou lenços coloridos podem devolver parte da vibração visual perdida com a mudança capilar.
6. Mudar a cor do cabelo pode envelhecer?
Sim, pode. Mas não é uma regra. A mudança de cor por si só não tem um efeito fixo; o impacto depende de como essa nova cor dialoga com sua coloração pessoal.
Por exemplo:
Uma mulher de contraste alto, com cabelos naturalmente escuros que decide platinar os fios pode parecer mais velha, pois está reduzindo drasticamente o contraste.
Já uma mulher de contraste baixo, com pele muito clara e cabelo loiro escuro natural pode se beneficiar de um tom de loiro mais claro.
O segredo não está na cor em si, mas na harmonia entre ela e o restante da sua coloração pessoal.
7. Autoimagem, liberdade e identidade: mudar com consciência
Importante dizer: você pode e deve mudar quando quiser. A transformação faz parte da vida, da criatividade e da construção de identidade. Marina pode ter feito essa mudança por motivos pessoais, profissionais ou até mesmo só por dinheiro. E está tudo certo.
Mas, ao mesmo tempo, essa mudança nos ensina algo poderoso: quando compreendemos nossa imagem, nossas escolhas se tornam mais conscientes e estratégicas.
Você pode querer suavizar seu contraste, escurecer os fios, platinar, cortar curtinho — tudo isso é possível e válido. A questão é: como adaptar seu visual para trasnmitir exatamente o que você quer?
8. E você, sabe qual é o seu contraste?
Muitas mulheres vivem a vida toda se sentindo “sem graça” ou “sem presença” e não entendem o porquê. Outras mudam o cabelo e sentem que “perderam algo”, mas não sabem o que exatamente.
Na maioria dos casos, o contraste pessoal explica muita coisa:
Você pode estar diminuindo muito seu contraste pessoal natural;
Você pode estar usando roupas ou acessórios que não harmonizam com seu contraste natural;
Entender seu contraste pessoal é como encontrar a chave da sua própria estética. A partir daí, tudo começa a ficar mais fácil: escolher roupas, decidir um tom de cabelo, montar uma maquiagem ou até fazer compras mais inteligentes.
9. Como descobrir seu contraste pessoal?
A análise de contraste faz parte da análise de coloração pessoal, uma das ferramentas mais poderosas da consultoria de imagem. Através de testes com tecidos, luz natural e observação técnica, conseguimos entender:
A temperatura e o subtom da sua pele (quente, frio);
A profundidade (claro, médio, escuro);
A intensidade (vibrante ou suave);
E, claro, o contraste ideal para você.
Com isso, você descobre exatamente quais cores te valorizam — e quais te apagam.
10. Em resumo: o que aprendemos com Marina?
O contraste pessoal é um elemento fundamental da imagem;
Reduzir seu contraste natural pode te envelhecer visualmente;
Transformações estéticas são bem-vindas — desde que feitas com consciência;
A análise de coloração é uma ferramenta poderosa para te ajudar a brilhar.
E agora, uma pergunta…
Você tem sabe qual é o seu contraste natural? Já fez teste de coloração pessoal?
Me envie uma mensagem respondendo a este e-mail me contando como foi sua experiência! E caso não tenha feito, tem vontade de fazer?
Até semana que vem!
Beijos, Iza.